9 - Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro


Segundo o site do SNEL - Sindicado Nacional dos Editores de Livros -, em 1983 foi criada a Feira Internacional do Livro do Rio de Janeiro, iniciativa vinda de Regina Bilac Pinto, primeira presidente mulher da oranização. Sua inauguração contou com a presença do então governador do Rio de Janeiro e seu vice, Leonel Brizola e Darcy Ribeiro. Com a presença de 20 mil pessoas no Copacabana Palace, durante os dias 3 e 13 de novembro, foram vendidos 25 mil exemplares entre as 86 editoras participantes, sendo considerado um sucesso. O computador, com informações de 30 mil livros, ganhou destaque no evento. Com o evento, foi possível entender o leitor carioca. Ele tinha mais de 30 anos, curso superior, renda média para alta, considerado um liberal. Preferia ficção, frequentava livrarias. Também lia ciências e jornais.

Apenas em 1987 o nome mudou para Bienal Internacional do Livro do Rio de janeiro, transferindo-se para o Riocentro, localizado na Barra da Tijuca.

Fui criada sempre incentivada a buscar os livros, sendo o primeiro deles – segundo os relatos de minha mãe – um de banho, ainda bebê. Sempre há expectativa durante o hiato de 1 ano, sendo a de 2005 a minha primeira, que fui com minha família,  quando tinha 5 anos. Mesmo com seu foco comercial, é uma atividade que estimula e promove diversos contatos culturais, com suas rodas de discussão, atividades de estímulo a leitura, mostras de outras instituições, encontro de leitores com leitores e leitores com autores.

Minha conexão afetiva é extrema, trazendo ótimas lembranças de momentos com a família, encontros com amigos, conversas e autógrafos de alguns dos meus escritores favoritos e oportunidade de ter acesso a atividades especiais, como amostra do Museu da Língua Portuguesa, de São Paulo, que trouxe apresentações digitais e uma pequena exposição daquilo que ele seria antes do incêndio de 2015.
Cuidamos apenas do que conhecemos e vivenciamos, portanto sua importância para população do Rio de Janeiro cresce a cada ano, em que a possibilidade de estar em um espaço imerso em literatura coopera para incentivar esta prática tão importante, que contribui para melhorar a qualidade da educação e da criticidade coletiva. Os preços dos ingressos, infelizmente não são tão baratos, sendo um dificultador. As gratuidades são para autores, crianças, professores de escolas ou universidades das redes públicas e particulares, profissionais do livro, bibliotecários e guias turísticos. As meia-entradas são destinadas  a estudantes de ensino fundamental, médio ou superior da rede pública ou particular, idosos, portadores de necessidades especiais e acompanhante, jovens entre 15 e 29 anos pertencentes a famílias de baixa renda e menores de 21 anos.  Recentemente, o acesso ao Riocentro foi facilitado pelos transportes públicos.

Outra contribuição da Bienal é a chance de novos escritores nacionais colocarem-se no mercado e no conhecimento amplo do público, valorizando-os. Para exemplificar, cito a escritora Tammy Luciano, na qual acompanho seu trabalho desde a Bienal de 2013, quando fui abordada por ela ao fazer propaganda de Garota Replay, o seu livro mais recente na época. Acabei comprando e me tornei fã. Mesmo sem apoio direto da editora ou não estando na programação oficial do evento, utilizava o espaço para difundir suas publicações e estabelecer contato direto com seus futuros ou atuais leitores. Na última edição, após muito trabalho, foi incluída nos horários oficiais e continua com presença marcante nas redes sociais.

Há no senso comum a ideia do hábito da leitura como uma prática solitária e sacralizada. A Bienal do Livro me mostra a busca de uma democratização, em que milhares de pessoas unem-se, conversam, e desejam livros, apesar dos imensos desafios ainda existentes.  Se a educação transforma, a literatura é peça fundamental deste processo e necessita ser valorizada.


Referências:
http://www.snel.org.br/institucional/historia/, acesso em 23 de outubro de 2017
https://www.bienaldolivro.com.br, acesso em 23 de outubro de 2017
Figura 1: http://www.bienaldolivro.com.br/informacoes-gerais.php, acesso em 23 e outubro de 2017
Figuras 3 e 4: https://www.tammyluciano.com.br/imprensa, acesso em 23 de outubro de 2017
https://www.bienaldolivro.com.br/ver_noticia.php?id=500, acesso em 26 de outubro do 2017


Considerações do grupo:
Débora: Quando era criança frequentei muito a bienal. A primeira informação que me chamou atenção na pesquisa foi a primeira bienal do livro ter sido realizada no Copacabana Palace. Com a pesquisa foi possível entender mais sobre a história do evento,relembrar minha grande alegria ao chegar pela primeira vez na bienal e minha lembrança desse momentos ao chegar na bienal de 2017. Após a pesquisa foi possível entender a história e a importância da bienal do livro para os cariocas.
Gabriella: Já participei da Bienal do Livro algumas vezes, porém nunca tive dinheiro pra comprar livros e também nunca fui muito fanática por leitura, realmente, a bienal é um evento que une todo o Brasil em prol da educação e estimula a leitura.
Isabel: Sempre fui a Bienal, comecei indo através de excursões da escola e não parei mais desde então, lá conheci pessoas que admirava (e ainda admiro) que sempre acompanhei o trabalho, que foram importantes na minha vida, além de ajudar aproximar ainda mais minha família que sempre vai comigo todos os anos que acontece o evento.
Isabela: A minha primeira bienal foi a de 2009, me lembro de junto a meus primos ( todos por volta dos 12, 13 anos), sermos chamados por minha tia, professora, para irmos ao evento junto ao passeio da escola de ensino médio em que lecionava. Ainda me lembro do primeiro livro que comprei com meu próprio dinheiro “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”, a partir dali o meu amor pela leitura surgiu, a cada ano que foi realizado eu comparecia e comprava cada vez mais livros, foi aquele evento, aquela aura que me encantou pela leitura.
Júlia: Sempre fui frequentadora assídua da Bienal do Livro desde quando comecei a ler. Eu já gostava bastante da leitura e minha mãe me incentivava, muitos dos meus livros que comprei nas primeiras edições que fui estão comigo até hoje e os emprestei para minhas irmãs para que elas possam cultivar o mesmo hábito. Durante a Bienal também que conheci o Maurício de Souza, que sempre acompanhei o trabalho e tenho até hoje o autógrafo e o gibi desse dia, e meu primeiro encontro com a Thalita Rebouças, a qual me encontrei outras vezes em diversos momentos e tenho vários livros autografados por ela. Me lembro desses momentos com muito carinho e fico triste ao lembrar que esse ano não consegui ir por diversos motivos, mas acredito que daqui a dois anos estarei lá na minha saga de comprar mais livros e conseguir mais autógrafos.
Larissa: A minha primeira edição da Bienal do Livro foi em 2007, na qual eu fui por conta de um passeio da escola, e desde então, eu frequento todas as edições. A Bienal é um evento importantíssimo, pois além de incentivar a leitura, ela proporciona encontros com seus autores favoritos, o que é fantástico.
Natália: Frequento a Bienal desde que me mudei pro Rio de Janeiro, em 2012, e como uma aficcionada por livros acho esse evento ótimo. Como foi mostrado, é um evento de grande importância por promover de forma ampla o acesso a leitura, ainda que possua falhas na sua tentativa de ser democrático. Acho essencial sua promoção assim como a busca constante por melhorar o acesso a ele.
Nicole: Apesar de eu ser quase uma leitora compulsiva, daquelas que andam sempre com dois livros na bolsa, só fui a Bienal uma vez. Acho a ideia incrível e torço para que se mantenha sempre, mas a distância até a minha casa sempre dificultou que o hábito de ir fosse criado, infelizmente.
Pedro:Já fui à Bienal do Livro três vezes. Eu adoro o evento. Estar rodeado de leitura e do incentivo à mesma é impressionante. Deveriam existir mais eventos como esse.
Thiago: Lembro-me da primeira vez que fui quando criança, ganhei o livro Pedro e o Lobo. Sempre que posso vou à Bienal do Livro e fico “alucinado” com a quantidade de promoções que o evento tem. Apesar de não ler muitos livros, gosto muito de ir à bienal e sempre trago alguns “achados” além de algum livro para eu ler. Apesar do BRT ter facilitado o acesso ao evento, ainda assim algumas pessoas tem certa dificuldade  chegar até o local.

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